FORMAÇÃO

22-03-2018

     Formação Pedagógica Inicial de Formadores

A par da educação, a formação profissional assume um papel central e de crescente importância perante os novos desafios que surgem no país e na União Europeia: globalização, envelhecimento da população, emergência e utilização crescente de novas tecnologias e consequente necessidade de atualização e aquisição de competências. É, portanto, fundamental o investimento no capital humano e nos sistemas de educação e formação existentes, conferindo à formação profissional um papel de destaque na árdua tarefa de reestruturação que assegure competitividade aos mercados de trabalho e ao tecido económico no seu todo.

De acordo como Instituto de Emprego e Formação Profissional, "o formador é o técnico que actua em diversos contextos, modalidades, níveis e situações de aprendizagem, com recurso a diferentes estratégias, métodos, técnicas e instrumentos de formação e avaliação, estabelecendo uma relação pedagógica diferenciada, dinâmica e eficaz com múltiplos grupos ou indivíduos, de forma a favorecer a aquisição de conhecimentos e competências, bem como o desenvolvimento de atitudes e comportamentos adequados ao desempenho profissional, tendo em atenção as exigências actuais e prospectivas do mercado de emprego." Os formadores assumem-se, assim, como actores fundamentais de mudança, cabendo-lhes um papel decisivo na transição, primeiro, e sua manutenção, de seguida, para uma sociedade e economia baseadas no conhecimento. São um dos garantes da qualidade da formação, das suas práticas e dos seus resultados, pelo que se torna essencial assegurar a promoção da sua capacidade técnica e pedagógica, através do reforço permanente das suas competências.

O aparecimento e constante actualização do curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, obrigatório para o acesso à actividade de formador, visa a certificação da aptidão pedagógica do formador, estimulando a mobilização das competências capazes de induzir uma relação pedagógica eficaz em diferentes contextos de aprendizagem. Com a duração de 90 horas, distribuídas por nove módulos de 10 horas cada, tem como objetivo fornecer ao candidato a formador as competências essenciais para o desempenho da actividade, tendo em conta as responsabilidades a si inerentes no âmbito de cada um dos diferentes domínios em que se pretende que venha a actuar:

-> No domínio do planeamento e organização da formação;

-> No domínio do desenvolvimento, acompanhamento e avaliação da formação;

-> No domínio do desenvolvimento e participação em comunidades de práticas.

Findo o percurso e assegurado o sucesso em cada um dos elementos de avaliação previstos, o candidato será objecto de certificação e ficará a partir de então habilitado a desempenhar o papel de formador em áreas e domínios próximos do seu trajecto académico e/ou profissional. Não obstante a obtenção do Certificado de Competências Pedagógicas de Formador, é ainda da responsabilidade do formador assegurar um conhecimento consistente e actualizado do Sistema Nacional de Qualificações, nomeadamente das diferentes modalidades de educação e formação profissional, assim como a sua preparação psicossocial e equilíbrio emocional, por forma a prosseguir com eficácia a função cultural, social e económica da formação.

Formação Pedagógica Incial de Formadores

Formação em Igualdade Género

Cursos de Aprendizagem

Os cursos de aprendizagem revestem-se de uma importância estratégica no quadro das políticas de educação, formação e emprego e contribuem para o aumento das qualificações profissionais e escolares dos jovens. São cursos de formação profissional inicial, destinados a jovens com idade igual ou inferior a 24 anos, com o 3º ciclo do ensino básico ou equivalente, sem conclusão do ensino secundário ou equivalente. Trata-se de uma modalidade de formação de dupla certificação (escolar e profissional), que permite o prosseguimento dos estudos e, funcionando em regime de alternância, visa a inserção dos jovens no mercado de trabalho.

De acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, são quatro os princípios orientadores dos Cursos de Aprendizagem:

§ Intervenção junto dos jovens em transição para a vida ativa e dos que já integram o mercado de trabalho sem o nível secundário de formação escolar e profissional, com vista à melhoria dos níveis de empregabilidade e de inclusão social e profissional;

§ Organização em componentes de formação - sociocultural, científica, tecnológica e prática - que visam as várias dimensões do saber, integradas em estruturas curriculares predominantemente profissionalizantes adequadas ao nível de qualificação e às diversas saídas profissionais;

§ Reconhecimento do potencial formativo da situação de trabalho, através de uma maior valorização da intervenção e do contributo formativo das empresas, assumindo-as como verdadeiros espaços de formação, geradores de progressão das aprendizagens;

§ A alternância é entendida como uma sucessão de contextos de formação, articulados entre si, que promovem a realização das aprendizagens com vista à aquisição das competências que integram um determinado perfil de saída.

Dependendo da qualificação profissional atribuída, os Cursos de Aprendizagem podem assumir cargas horárias entre as 2800 e as 3700 horas (cerca de 40% da formação decorre em contexto de trabalho, numa empresa), distribuídas por aproximadamente três anos e pelas seguintes componentes de formação:

§ Formação Sociocultural - Componente de formação com carácter transdisciplinar e transversal, que visa a aquisição ou reforço de competências académicas, pessoais, sociais e profissionais, tendo em vista a inserção na vida ativa e a adaptabilidade aos diferentes contextos de trabalho. Visa, ainda, potenciar o desenvolvimento dos cidadãos, no espaço nacional e comunitário, proporcionando as condições para o aprofundamento das capacidades de autonomia, iniciativa, autoaprendizagem, trabalho em equipa, recolha e tratamento da informação e resolução de problemas.

§ Formação Científica - Componente que visa a aquisição de competências nos domínios de natureza científica que fundamentam as tecnologias, numa lógica transdisciplinar e transversal, no que se refere às aprendizagens necessárias ao exercício de uma determinada profissão.

§ Formação Tecnológica - Componente que visa, de forma integrada com as restantes componentes de formação, dotar os formandos de competências tecnológicas que lhes permitam o desenvolvimento de atividades práticas e de resolução de problemas inerentes ao exercício de uma determinada profissão.

§ Formação Prática em Contexto de Trabalho - Normalmente decorre no final de cada um dos três anos de curso, e visa desenvolver novas competências e consolidar as adquiridas em contexto de formação, através da realização de atividades inerentes ao exercício profissional, bem como facilitar a futura inserção profissional.

A frequência de um Curso de Aprendizagem prevê a concessão de alguns apoios, de forma a fazer face às despesas relacionadas com a formação:

§ Bolsa de profissionalização;

§ Subsídio de refeição;

§ Despesas/subsídio de transporte.

Em casos específicos, pode ainda atribuir-se:

§ Bolsa para material de estudo;

§ Subsídio de acolhimento (para quem tem crianças ou adultos dependentes a cargo).

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